domingo, 25 de abril de 2010

Waldequinho!

A reunião de hoje foi no Waldemar Henrique. Conseguimos alguns domingos por lá.

Novas imagens:

-Giovana tentando descobrir motivos para chorar enquanto faz cocô. Se imagina tendo um filho, e pensa em coisas difíceis da vida.

-Ana (looouca) com muita preguiça de escovar os dentes, a ponto de ficar falando sozinha no banheiro por horas.

-Haroldo (sou eu!) brincando de explorar planos e caretas em lutas de efeitos especiais com os dedos.

-Giovana quando criança, indo fazer fotos. A fotógrafa perde a paciência pedindo pra que ela abaixe a sobrancelha. Ela não entende.

-Também conversamos sobre diversas situações nas quais as crianças choram para chamar a atenção dos pais (cena da giovana na beira da piscina, tentando gritar de choro para que sua mãe a visse).

Percebemos que muitas das imagens que construímos são mais engraçadas pra gente do que para o espectador. Ficou a missão: criar propostas de encenação que possam "colar" isso, de modo que se entenda e seja divertido.

quarta-feira, 21 de abril de 2010

Retomando

Hoje tivemos um reencontro bem gostoso, na escola de música. Aliás, pode ser um bom espaço de ensaio, para tomarmos como definitivo. Vamos ver. Mas o encontro de hoje foi bom, ao meu ver, porque não nos prendemos em textos. Simplesmente lembramos de brincadeiras, e coisas interessantes, e projetamos para a cena. Acabamos saindo de lá com quatro esboços prontos:

-Cena das crianças aprendendo a fazer coisas com cartolina, tesoura, etc. O menino provoca a menina, que começa a chorar. Aos poucos, o choro vai contaminando a todos.

-Cena da Priscila, a única garota da primeira série que já tem peitos. Ocorre a narração, por parte de jornalistas fofoqueiros, de uma partida de queimada.

-Cena da mãe levando Haroldo, o tigre de pelúcia, para lavar, enquanto a filha tenta, desesperadamente, salvar o amigo do afogamento.

-Cena dos pais, conversando sobre seus filhos. Todos chamam de "Júnior", afinal, estamos falando de nós mesmos.

E essas cenas se somam às que já temos [mas que precisam ser revisadas], que são:

-Helicóptero

-Trio com ventilador

terça-feira, 22 de dezembro de 2009

Vídeo interessante

Façam suas interpretações:

http://almashortfilm.com/?p=549

terça-feira, 15 de dezembro de 2009

Barbie: mãe solteira e prostituta

Até os meus 10 anos de idade eu acreditava que fazer sexo era o que eu via nas novelas - um homem e uma mulher tiram as suas roupas, se deitam aos beijos numa cama e começam a esfregar suas peles.
Foi numa noite, assistindo ao Criança Esperança de 1994 que meu pai me contou a verdade.
Ao assistir a performance dos bailarinos no palco, Papis disse: "Esse pessoal tá parecendo cachorro quando tá atracado". Sem conseguir visualizar a situação exposta por Papis, perguntei: "Como assim?". Ele disse: "É minha filha, cachorro depois que transa. Tu nunca viu?". Eu disse: "Não. Porque cachorro fica atracado depois que transa?".
Ele, surpreso por eu ainda não ter conhecimento teorico sobre aquilo que anos mais tarde revelou-se para mim como sendo o grande fascínio da humanidade, começou, meio que sem graça, a me explicar os procedimentos técnicos do ato de fazer amor.
A idéia de que um pênis poderia entrar no buraco que existe entre as pernas de uma menina, era algo que já tinha passado antes pela minha cabeça. Mas lembro-me bem que logo descartei essa possibilidade por achá-la nojenta demais. Minha surpresa ao saber que minha idéia estava correta foi grande.
Fiquei muito feliz de saber algo que eu compreendia como sendo um segredo dos adultos.
Fazer sexo e tudo que envolve esta prática não é algo permitido ao mundo das crianças.
E por ser proibido, sempre me despertou profundo interesse.
Apesar de os adultos tentarem preservar uma imagem de inocência nas crianças, nem sempre isso corresponde a realidade.
O que posso falar sobre isso é que eu nunca fui inocente, pura e bondosa.
Minhas brincadeiras solitárias da época da infância eram na verdade grandes momentos de exploração das minhas fantasias eróticas, nas quais eu inventava histórias e personagens com uma criatividade de dar inveja a qualquer roteirista de filme pornô.
Nas tardes vermelhas e quentes que passei em meu quarto, eu frequentemente transformava minha Barbie em uma mulher muito sedutora, que transava em demasia.
Barbie às vezes se descuidava e acabava ficando grávida.
O Ken, seu viril namorado, por mais de uma vez não quis assumir a criança que Barbie carregava, fazendo com que a pobre mulher arcasse com as adversidade pertinentes a vida de uma mãe solteira.
Sem perspectivas de ter como criar seu filho, minha Barbie se prostituiu ainda grávida!

Deus Assassino

Logo depois que a gente nasce uma série de regras começam a ser repassadas a nós. Essas regras nos ensinam como devemos pensar, guiando o nosso raciocínio. A partir daí, começamos a experimentar essas formas de pensar e aplicamos os conceitos que nossos pais (ou alguém que os valha) nos dão.
Quanta criatividade temos nessa fase de verificação de regras!
Penso que a criatividade da criança muitas vezes é inversamente proporcinal à capacidade do adulto de podá-la, para que um dia a criança cresça e se torne tão chata quanto ele.
Lembro de um desses meus momentos de "aplicação de conceitos".
Eu devia ter uns 5 ou 6 anos, estava na cama e minha mãe estava deitada ao meu lado. Era hora de dormir. Nesses momentos ela contava histórias ou cantava. Mas num dia em especial, começamos a conversar sobre os pais dela. Ela me falava de como eles eram e que eles já estavam mortos. Eu, naquela altura de minha vida, já sabia que a morte era algo que existia (pelo menos pra aquelas pessoas que já tinham morrido), mas eu queria entender o porquê das pessoas morrerem, então eu perguntei para minha mãe sobre o ocorrido com meus avós: "Por que o teu pai e a tua mãe morreram?". Minha mãe respondeu-me: "Porque Deus quis". Logicamente conclui: "Então Deus é assassino?!". Minha mãe com a presteza de quem é vigiada por um ser onipotente, onisciente e onipresente disse rapidamente: "Não minha filha, claro que não. Não diga isso!".
Naquele momento aprendi que a sentença "quem tira a vida de alguém é um assassino", não se aplicava a toda circunstância e que a justiça não é igual para todos.

quarta-feira, 9 de dezembro de 2009

Cadê?

Cadê, cadê o meu filhote, hem? Cadê o filhote de mamãe? Cresceu... sumiu.
Eu ainda lembro direitinho quando eu podia carregar o meu filho no colo... Ah, eu passava o dia todinho com o meu filhote. Dormia junto, dava banhin, lavava a bundinha, o pintin, o suvaquin...
Agora, pôssa, mamãe. Só quer saber de ficar no computador! Passa o dia fora, e nem liga, me deixa aqui, preocupada! Chega em casa, e passa direto, nem fala direito, vai direto pro computador... Nem beija a mamãe... Agora o meu bebezinho já é um bebezão, nem dá mais pra segurar no meu colo!... Ah, eu sinto tanta falta do meu bebezinho, tanta falta. Olha, meu filho, eu penso, tanto, mas tanto em você! Passo o dia todinho orando pro nosso Deus te guiar, abrir tuas portas. Ô meu filho, não esquece de rezar antes de dormir, tá?
Ô, meu deus, eu te amo tanto! É a maior bênção que Deus já me deu. Meu bebê... meu bebezinho...
Cadê a minha criança, que eu carreguei aqui dentro, dei banho, amamentei? Cadê, cadê o meu filhote, hem? Cadê o filhote de mamãe? Cresceu... sumiu!

Prólogo: Começando com mentiras

(Cena a ser feita por uma atriz caracterizada como mulher grávida)

Oh! que saudades que tenho
Da aurora da minha vida,
Da minha infância querida
Que os anos não trazem mais!

Ah... como é bom lembrar de quando éramos crianças! Essa época mágica, na qual toda a felicidade do mundo pode caber... numa caixinha de bombons!
Quando tudo e nada eram palavras tão usadas, e não imaginávamos seu real significado... Olhamos as fotos, e as lembranças vêm a tona... Ah, as lembranças! Quanta saudade... dessa fase tão doce, tão segura, que todos vivemos. Dessa fase tão ingênua, tão inocente, quando não existe maldade no coração... A fase que é fonte de nossos imaginários, e nossas emoções. Quanta saudade...!
Não é uma pena que a gente só descubra a infância depois que ela passou? Que ela seja como um sonho do qual só tomamos consciência quando acordamos, já adultos? Ah, se pudéssemos retornar o sonho, tão próximo e tão distante, para revive-lo plenamente, com consciência e os sentidos despertos...

Oh! que saudades que tenho
Da aurora da minha vida,
Da minha infância querida
Que os anos não trazem mais!